
Qual a sua herança de família? Esse foi o tema que movimentou o Mesa ao Vivo Rio Grande do Sul 2017, que aconteceu nos dias 26 e 27 de julho, na Faculdade Senac Porto Alegre. No total, mais de 1 mil pessoas participaram de aulas-show, palestras e oficinas. Foram 20 horas de atividades, movimentando mais de 30 chefs de diferentes locais do país e do mundo e 40 expositores, entre produtores locais, cervejarias e vinícolas.
Entre os chefs que trouxeram seus segredos e receitas de família estavam Geovane Carneiro, braço direito do chef Alex Atala; Floriano Spiess, que uniu a tradição italiana com a ousadia brasileira; a chef gaúcha especialista em culinária contemporânea, Carla Tellini; Helena Rizzo, eleita a melhor chef mulher do mundo em 2014; Marcos Livi, que subiu ao palco com Luis Fernando Veríssimo, em homenagem aos 80 anos do poeta e 10 anos do Veríssimo Bar, restaurante em São Paulo que leva o nome e assinatura do escritor; o português Vitor Sobral; Marcelo Schambeck, com receitas que aprendeu com seus pais; Rodrigo Bellora, falando sobre cozinha de natureza e Carlos Kristensen, fazendo uma homenagem aos pequenos produtores.

Entre as presenças mais esperadas estavam o chef internacional, Claude Troisgros e seu assistente João Batista. Claude trouxe o segredo do tempero de uma das famílias mais conhecidas na gastronomia mundial, os Troisgros. O chef apresentou uma “receita afetiva”, com o Nhoque ao Molho de Tomate, Mel e Pinhão, receita da sua vó, de origem italiana. Além disso, ele também ensinou o modo de preparo do famoso Salmão com Azedinha, o prato que mudou a gastronomia francesa na década de 70.
“A cozinha afetiva, ou comida com afeto, é aquela que sentimos, que temos saudade. Aquela receita da vó ou da mãe, que remete às nossas origens, algo quase que espiritual. São aquelas receitas que marcam a nossa infância, a nossa trajetória e a nossa vida”, destacou o chef que, além de preparar deliciosos pratos, falou sobre sua carreira no Brasil, que iniciou em 1979, no Rio de Janeiro.